os brinquedos que brinquei, as gírias que usei, os segredos que guardei, eu sou a minha praia preferida, eu sou o renascido depois do acidente que escapei, aquele amor atordoado que vivi, a conversa séria que tive um dia com meu pai, eu sou o que eu lembro.
Eu sou a saudade que sinto da minha mãe, a infância que eu recordo, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que me arrancou lágrimas, eu sou o que eu choro.
Eu sou o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, os pedaços que junta, eu sou a gargalhada, o beijo, eu sou o que eu desnudo.
Eu sou a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá.
Eu sou os direitos que tenho, os deveres que me obriga, eu sou a estrada por onde corro atrás.
Sou o que ninguém vê.
Que os leitores me desculpem.
Há um mês
1 comentários:
sendo simples e sendo você, sem se importar com o que os outros pensam fazem de você a menina com 16 anos mais autentica que eu ja vi.
:*
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