sexta-feira, 20 de julho de 2007


com o tempo as coisas ficam mais sóbrias. os sentimentos assumem novas nuances. ao mesmo tempo a gente sente próximo, a gente sente longe. a gente nem sabia mais o que sentir, lá pelas tantas. só ia levando. sem notar, assim. hoje só resta uma lembrança apagada dos velhos dias, aqueles com mais sorrisos, mais lágrimas de felicidade, mais expectativa. dias que traziam conforto e confiança. não que hoje esteja tão ruim, tão longe de ser o que era. tá bem, está mesmo muito longe de ser o que era. a gente saudade do que viveu, tanta saudade que é capaz até de esquecer que somos as mesmas pessoas que viveram isso há tanto (ou tão pouco) tempo atrás. o tempo traz estabilidade, sim, mas também traz medos, conhecimento demais sobre o outro, decepção, euforias contidas. maturidade, dizem.
apenas esse espaço suficiente para que o outro possa abrir os olhos e respirar e para que você possa colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz. um espaço maior que 2×2, onde os dois possam sorrir, e só.

1 comentários:

Polly Annenberg disse...

esse aqui tá muito bom. :)