terça-feira, 24 de novembro de 2009

Eu nunca.

nunca doei sangue, nunca fui voluntária, nunca dei 10% do meu salário pra igreja, nunca ajudei um velhinho a atravessar a rua, nunca dei a patola do meu carangueijo pra alguém, nunca dei o salzinho do final do meu cheetos, nunca abri mão da minha cama pra visitas, nunca fui a um bazar beneficente, nunca comprei livro de poesias dos frustrados da rua da moeda quando ia pra Recife, nunca encaminhei e-mail com foto de criança sequestrada, nunca emprestei um vestido da madame surtô, nunca levei uma ecobag pro supermercado, nunca tive pena da loira puta da uniban.

mas mesmo não sendo um exemplo de pessoa, a vida não economizou em bondade comigo.

eu colho mais do que planto e isso pode não parecer justo.

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