Temos uma forma de lavagem cerebral em nosso país. Sabe como se lavam cérebros? Repete-se uma coisa constantemente. É isso que fazem em nosso país. Possuir coisas é bom. Mais dinheiro é bom. Mais posses é bom. Mias consumo é bom. Mais é bom. Mais é bom. Repetimos isso, e nos repetem isso constantemente, até ninguém sequer pensar em pensar diferente. O cidadão comum fica tão zonzo com tudo isso que perde a perspectiva do que é verdadeiramente importante. Em toda parte por onde andei, conheci pessoas querendo abocanhar alguma coisa. Abocanhar um carro novo. Uma nova propiedade. O brinquedo mais recente. Depois que abocanham, precisam contar aos outros: "Sabe o que comprei? Adivinhe o que comprei!"
Sabe como sempre interpretei isso? São pessoas tão famintas de amor que aceitam substitutos. Abraçam coisas materiais e ficam esperando que essas coisas retribuam o abraço. Nunca dá certo. Não se pode substituir amor, ou suavidade, ou ternura, ou companherismo, por coisas materiais.
Dinheiro não substitui ternura, poder não substitui ternura. Quando mais se precisa dos sentimentos que nos faltam, nem dinheiro nem poder nos podem dá-los, não importa quanto dinheiro nem quanto poder possuímos.
Tem havido enorme confusão neste país quanto áquilo que queremos, em face do que precisamos. Precisamos de alimentos, e queremos um sorvete de chocolate. Precisamos ser honestos com nós mesmos. Ninguém precisa do último carro esporte, ninguém precisa daquela casa maior. Essas coisas não trazem satisfação. Sbe o que realmente traz satisfação?... Oferecer aos outros o que temos para dar. Parece conversa de escoteiro. Mas não falo de dinheiro, falo de tempo útil. Do interesse por outros. De contar-lhes histórias. Não é tão difícil. Achar um sentido para a vida.. Dediquemos-nos a amar a outros, dediquemos-nos à nossa comunidade, empenhemos-nos em criar alguma coisa que dê sentido e significado à nossas vidas. Notou que não se fala aí de salário?
Que os leitores me desculpem.
Há um mês
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